
Luís Cília canta a sua canção de 1964 e hino de resistência, «Canção Final, Canção de Sempre», com poema de Manuel Alegre. A gravação foi feita num restaurante de Paris, onde o autor, exilado, ganhava a vida cantando. Devido à proibição dos seus discos em Portugal, esta música foi editada no nosso país com a voz de Adriano Correia de Oliveira.
UM TESOURO...
Nos dias que teimam,
florescem outras raivas,
Outras Birras,
Outras Falhas!
Fraquezas Humanas,
Ódios antigos!
-Removam os medos,
soltem os demónios.
-Coragem, amigos!
Salazar Morreu.
Qual D. sebastião,
ou Jesus Cristo!
Salazar morreu!
Está enterrado
em campa rasa:
deixem-no estar
a expiar seus erros,
nesse degredo
sem nome...
Conquistemos de novo
a liberdade,
palavra tão cara,
palavra saudade!
(Teresa Soares)
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